domingo, 31 de outubro de 2010

Inventa-se a verdade a todo o custo...

O jornalismo é importantíssimo. Não só porque representa, como nenhum outro meio de comunicação, o direito de todos os cidadãos à informação num país democrático, mas também porque, consequentemente, é através dele que vemos o Mundo. Basta pensares como seria os dias sem o jornal das 8, o Diário de Notícias, a Visão, o gratuito Metro... aqueles jornais e revistas nos quais muitas vezes pegamos e nem sabemos muito bem porquê, só para não estarmos de mãos a abanar ou para tornar uma viagem de transportes públicos menos monótona, à falta do I-pod ou do telemóvel; a verdade é que damos por nós a consumir informação, tornando-nos parte integrante do planeta no qual vivemos, pelo simples facto de ler uma coluna ou olhar para um cartaz publicitário...

No entanto, a maneira como certas plataformas de informação (cite-se a TVI, entre outras) distorcem e polarizam a informação para um determinado grupo de pessoas, até já não ser possível distinguir onde começa e onde acaba a informação decente, é revoltante. Algumas notícias nem parecem notícias: de tão distorcidas que foram parecem-se mais com opiniões saloias que qualquer pessoa podia dar. Isto faz-me pensar em muita coisa, principalmente na questão da liberdade de expressão. Ela tem de existir, mas tem de haver um critério. O que se está a dar às pessoas não pode ser falsa informação, ou informação distorcida da maneira que bem apetece aos apresentadores e aos jornalistas. Quando eu vejo o telejornal não estou à procura de saber a opinião do Pedro Pinto ou da Manuelinha (salvo seja), pelo contrário espero que me tratem como uma pessoa com opiniões próprias que sabe fazer, caso queira, a análise do que fulano tal disse.

Para mim, o cúmulo é a TVI ter um comentador assumidamente do PSD que até já foi presidente do partido! Não só como pessoa de esquerda, mas como espectadora de canais de informação, dá-me náuseas a propaganda feita ao Partido Social Democrata aos olhos de quem queira ver, por uma estação televisiva que tinha por obrigação entregar material de qualidade aos portugueses. Não tenho pena nenhuma da Manuela Moura Guedes, eu que nem vou muito à bola com o Sócrates, mas há que admitir que o jornal da noite de 6ª-feira era uma vergonha. "Uma caça ao homem". Infelizmente, não se cortou o mal pela raiz e hão-de vir mais como ela fazer o papel de velhos do Restelo... triste sorte a minha ter de andar por cá para ver isto (sigh).

Até lá, gostava de poder oferecer ouro e prata a quem deixasse de ver o Jornal Nacional. Fica a dica.